O governo investiga um possível novo caso de gripe aviária em uma propriedade rural, informou o Ministério da Agricultura neste domingo, 18. O local fica dentro de um raio de três quilômetros da granja comercial onde a doença foi detectada em aves na quinta-feira, 15, no município de Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre.

Segundo o governo, o possível novo caso não impacta o comércio internacional de frango, pois foi detectado em uma propriedade que não cria os animais para exportação. O ministério reforça que não existe risco no consumo de carne de aves ou de ovos.

"Uma investigação de suspeita foi aberta, isso na área perifocal, e em propriedade de subsistência, o que recebe toda atenção e tratamento da Defesa Agropecuária, mas não possui impacto no comércio internacional, nem na segurança dos alimentos inspecionados", afirmou a pasta em nota.

No sábado, 17, o governo informou que os ovos de incubação fornecidos pela granja em Montenegro, onde o foco de gripe aviária foi detectado, serão destruídos. Os ovos foram enviados para Minas Gerais, Paraná e o próprio Rio Grande do Sul.

As amostras coletadas nesta investigação estão em trânsito para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), em Campinas. Elas serão processadas na segunda-feira, 19, com previsão inicial de resultado preliminar para o final do mesmo dia.

De acordo com o governo, 29 das 30 propriedades rurais localizadas na 'área perifocal', que compreende o raio de três quilômetros da granja comercial onde o foco foi detectado, já foram vistoriadas. Já na chamada "área de vigilância", que se estende por um raio de sete quilômetros desde a granja, 238 de um total de 510 propriedades já foram vistoriadas.

Além deste caso, o Ministério da Agricultura informou que há outra investigação em curso de uma propriedade no município de Aguiarnópolis, em Tocantins. As autoridades adotaram medidas de controle de trânsito, com "manutenção da situação sob controle e vigilância adequados".

A exportação de frango do Brasil foi suspensa para uma série de países, além da União Europeia: China, Argentina, Uruguai, Chile, México, Arábia Saudita, Japão (apenas aves de Montenegro), África do Sul, Canadá, Coreia do Sul, Emirados Árabes e Filipinas --estes dois últimos apenas no caso de aves provenientes da área afetada. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a China é o maior comprador de aves do Brasil, seguido de Emirados Árabes e Japão.

(Fonte: Redação Terra)