Com reconhecimento internacional, Hemoce poderá enviar e receber bolsas de sangue raro de todo o mundo Foto: Divulgação/Hemoce

Hemoce é o 1º hemocentro do Brasil a integrar rede global de sangue raro

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) se tornou o primeiro hemocentro do Brasil membro do Registro Internacional de Sangue Raro, que permite o envio e recebimento de bolsas de tipos sanguíneos raros a qualquer país do mundo.

 

O registro é gerenciado pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT) e sediado na Inglaterra.

 

Para se credenciar, o Hemoce precisou cumprir rigorosamente critérios exigidos internacionalmente, com estrutura e protocolo alinhados.

 

Luciana Carlos, diretora-geral do centro, aponta que a participação no registro amplia o alcance dos doadores cadastrados.

 

“Agora que fazemos parte do Registro Internacional de Sangue Raro, os nossos doadores poderão ser localizados globalmente sempre que houver necessidade. Da mesma forma, também poderemos receber bolsas de sangue raro de outros países, ampliando nossa capacidade de assistência a pacientes em situações críticas”, destaca.

 

700 DOADORES RAROS

 

O Hemoce tem cerca de 700 doadores identificados com tipos sanguíneos raros, distribuídos em todo o Ceará.

 

Com base nas informações de tipo sanguíneo, o banco de dados estratégico permite localizar e mobilizar os doadores.

 

Em 2017, o Hemoce enviou uma bolsa de sangue raro para uma criança na Colômbia, contribuindo diretamente para salvar sua vida.

 

IDENTIFICAÇÃO DE FENÓTIPOS RAROS

Entre os fenótipos sanguíneos considerados raros, estão ABO e Rh. Além disso, um sangue é considerado raro quando falta um antígeno presente na maioria da população (menos de um a cada mil pessoas).

 

Também pode haver ausência de vários antígenos simultaneamente ou uma combinação extremamente incomum deles.

 

Para identificar doadores com fenótipos raros, o Hemoce realiza análises sorológicas e genéticas, explica a diretora técnica de Hemoterapia do centro, Denise Brunetta.

 

“Buscamos ativamente doadores com características incomuns nos glóbulos vermelhos, seja por triagem simples realizada na rotina da avaliação do sangue do doador ou por genotipagem — uma técnica mais avançada que analisa o DNA”, aponta.

 

O sangue raro também pode ser descoberto pelo desenvolvimento de anticorpos específicos após transfusão ou gestação, que demonstra a ausência de determinados antígenos.

 

(Fonte: Diário do Nordeste)

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