Gari encontra iPhone perdido e devolve ao dono, em Juazeiro do Norte, no Ceará. — Foto: Reprodução

Gari encontra iPhone no chão e devolve a dono, no Ceará

Era mais um dia de comum de trabalho, mas no meio do caminho tinha um iPhone. E para a sorte do dono, quem achou foi a gari Maria de França.

 

A trabalhadora, de 59 anos, estava limpando as ruas no Bairro Triângulo, em Juazeiro do Norte, na manhã da última quinta-feira (15), quando encontrou um iPhone 13 no chão. E não pensou duas vezes: pediu aos netos para anunciar o achado na internet para encontrar o dono.

 

"Como eu sou gari, tem que fazer a limpeza, não vou deixar nenhum papel, nenhuma sacola. Quando vi aquela sacola lá, fui varrer. Quando eu puxei a sacola, encontrei [o celular]. Pensei que era a carcaça de um celular, mas não era uma carcaça. Ele tava com papelzinho [nota fiscal] por cima da tela", relembra dona Maria.

 

O smartphone estava com caixa e nota fiscal. O canto da tela estava trincado, mas, de resto, parecia novo. "Chegou um rapaz, o rapaz puxou o papel e disse 'É um celular, a senhora achou um celular. A senhora quer me vender?", conta. De pronto, ela negou a oferta. "Não era meu, eu tinha que procurar o dono", completa.

 

Em busca do dono

 

Após achar o celular, ela levou o telefone para casa e pediu para os netos publicarem nas redes sociais em busca dos donos. "Apareceram muitos donos", conta. Mas, como a nota fiscal tinha nome e CPF, decidiu entregar o aparelho apenas para quem comprovasse ser a pessoa descrita na nota.

 

O dono do celular, o músico Miqueias Felipe, apareceu no fim da tarde do mesmo. Ele foi até a casa de dona Maria para reaver o iPhone. Além dos agradecimentos, o músico disse ter dado uma gratificação a ela.

 

Os dois gravaram um vídeo juntos, e Miqueias foi todo elogios. "É uma pessoa de ouro. Pessoas como ela no mundo fazem acontecer, fazem o mundo diferente", disse.

 

Rotina como gari

 

Ao g1, dona Maria contou que acorda todos os dias às 3h30 e sai para trabalhar às 5h. Ela começou a trabalhar como gari há dois anos para uma empresa que presta serviços à Prefeitura de Juazeiro do Norte. Antes, catava material para reciclagem.

 

Ela vive com os quatro netos, todos pequenos, na Vila José Apolinário. É a ela quem sustenta a casa. "A vida que eu vivia, catando aqui, recebendo 5 reais ali, agora [como gari] está bem melhor. Apesar de que eu tenho quatro dentro de casa, eu sou o homem e a mulher, não tenho marido, só tenho neto, minha filha morreu e deixou tudo para mim", revela.

Para dona Maria, a boa ação foi mais uma na sua rotina de trabalho. Alguns meses atrás, achou uma carteira na rua e foi entregar em uma delegacia.

 

Ela sabe que outra pessoa talvez não tivesse feito o mesmo, mas destaca que o ato de procurar o dono do celular foi natural. "Graças a Deus no meu trabalho eu tô muito bem. Eu tava desempregada, Deus me mostrou esse emprego. Tô muito bem", conclui.

 

(Fonte: G1 Ceará)

Outras Notícias

Após 12 anos, açude Orós ultrapassa 70% de capacidade

O açude Orós, segundo maior reservatório do Ceará, ultrapassou 70% de sua capacidade na última quarta-feira (24). É a...

Com açudes da Bacia Metropolitana cheios, Fortaleza deixa de receber águas do Castanhão

A transferência de águas do Açude Castanhão, maior reservatório do Ceará, situado na Bacia do Médio Jaguaribe, para o...

Povo Pitaguary de Maracanaú recebe ações do Acolher nesta sexta-feira (19)

O projeto Acolher segue levando atendimentos aos territórios indígenas. Nesta edição, os serviços de cidadania, saúde...

Passageiros pagam tarifa social nos ônibus de Fortaleza neste sábado

Os passageiros de ônibus de Fortaleza serão cobrados com a tarifa social neste sábado (13). O benefício acontece em a...