Túmulo do Papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maior (ANSA)

A rosa branca sobre o mármore do túmulo, símbolo de Teresa que o “ouviu”

Sobre uma pequena mesa de mármore do lado de fora do seu apartamento privado na Santa Marta, havia sempre uma rosa branca fresca. Era o símbolo de sua ligação com Teresa de Lisieux, a santa a quem recorria sempre para pedir graças e a cuja intercessão confiava as suas dificuldades pessoais e as dos outros. Uma rosa branca se encontra desde o último sábado (26/04), à noite, sobre outro mármore, o da lápide proveniente da Ligúria onde está escrito Franciscus, na Basílica de Santa Maria Maior, sob a qual repousam os restos mortais do Papa Francisco. Não é uma escolha artística, mas uma escolha de continuidade e de devoção.

Essa flor acompanhou a vida de Jorge Mario Bergoglio. Ele mesmo falou sobre isso no livro de entrevistas El Jesuita, escrito pelos jornalistas argentinos Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti, que, descrevendo a biblioteca do então arcebispo de Buenos Aires, notaram um vaso cheio de rosas brancas numa prateleira, em frente a uma foto da mística carmelita, morta com apenas 24 anos em 1897, canonizada por Pio XI e proclamada Doutora da Igreja por João Paulo II em 1997.

“Quando tenho um problema”, explicou o então futuro Papa aos dois jornalistas, “peço à santa, não para resolvê-lo, mas para tomá-lo em suas mãos e me ajudar a aceitá-lo, e como sinal quase sempre recebo uma rosa branca”. Isso também aconteceu no início de seu pontificado, em setembro de 2013, quando convocou uma vigília de oração na Praça São Pedro pela paz na Síria que, na época, corria o risco de cair no abismo de um conflito sangrento. Durante a vigília, foram lidos alguns trechos da poesia de Santa Teresa de Lisieux e o Papa Francisco, ao retornar a Santa Marta, recebeu como presente surpresa uma rosa branca colhida por um jardineiro nos Jardins Vaticanos.

O Papa recebeu o mesmo presente poucos dias depois de sua última internação no Hospital Gemelli por pneumonia bilateral: uma rosa branca de Santa Teresa embalada, proveniente de Lisieux. Um “sinal” de que a mística o acompanhou até os últimos momentos de sua vida.

(Fonte: Vatican News)

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