Esqueleto do Acquario do Ceará. Obras estão paradas desde 2017 — Foto: Arquivo pessoal/Lucas Mendes

Obras de novo campus da UFC no local do Acquario devem começar em até seis meses e ficar prontas em 2027

As obras do novo campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza, devem ter início em até seis meses, de acordo com a reitoria da instituição. O campus vai ocupar o prédio onde seria construído o Acquario Oceânico do Ceará, obra que se arrastou por quase 10 anos, custou mais de R$ 112 milhões e nunca foi concluída.

 

Conforme a UFC, o processo de licitação para contratação da empresa que vai construir o campus foi concluído na última segunda-feira, 3 de fevereiro. A nova obra vai ter um custo de R$ 113,9 milhões e vai ser tocada pelo Consórcio Labomar 2025, liderado pela construtora Porto LTDA.

 

A ideia é reaproveitar o esqueleto do Acquario, doado pelo Governo do Ceará para a UFC, e, a partir dele, construir as instalações do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) e do Centro Tecnológico de Ciências Naturais (CTCN), que juntos vão compor o novo Campus Iracema.

 

“Quem conhece o espaço sabe que foram construídos grandes vãos, toda a parte do detalhamento ficou para ainda ser construído. Quando os arquitetos apresentaram o projeto final, eles disseram: ‘Reitor, parece até que isso foi feito para receber o LABOMAR e o Centro Tecnológico de Ciências Naturais’. Não vai precisar demolir nada, absolutamente nada”, afirmou o reitor da UFC, Custódio Almeida.

 

A obra será custeada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e terá um prazo total de 900 dias para conclusão, cerca de 2 anos e 6 meses. Nos primeiros 180 dias, o consórcio deve realizar atividades de elaboração de projetos executivos; os outros 720 serão dedicados à execução dos serviços no canteiro de obras.

 

Campus Iracema

 

O novo Campus Iracema vai ser lar dos cursos de graduação e pós-graduação do Labomar, localizado atualmente na Avenida da Abolição, no bairro Meireles. Atualmente, a unidade acadêmica abriga os cursos de graduação em Oceanografia e Ciências Ambientais, além do Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais.

 

Com a expansão física para o prédio na Praia de Iracema, a expectiva é que o Labomar receba pelo menos duas novas graduações: Turismo Ecológico e Meteorologia.

 

Já o Centro Tecnológico de Ciências Naturais (CTCN) será uma espécie de museu interativo, com objetivo promover exibições sobre a fauna e flora do Ceará, que vai contar com anfiteatro e cinema.

 

A proposta é que os espaços do equipamento possibilitem a visualização de ecossistemas marinhos atuais e ecossistemas extintos, exposições de fósseis do acervo da UFC, descobertas arqueológicas e apresentações sobre astronomia.

 

Além do terreno onde está o esqueleto do Acquario, a área do campus Iracema também vai incluir dois espaços também localizados no bairro Praia de Iracema: um prédio próximo, onde ficava a antiga sede dos Correios, e o terreno do Edifício São Pedro, o 'Copacabana Palace' cearense, demolido em maio de 2024.

 

O prédio dos Correios ainda não foi transferido oficialmente pela UFC, e a universidade também não informou qual uso será feito do espaço. Já o terreno do Edifício São Pedro foi cedido pela União à UFC em junho de 2024. À época, a universidade afirmou que pretendia ocupar o espaço "imediatamente" com atividades culturais.

 

Até o momento, o terreno do São Pedro não recebeu nenhuma intervenção artística ou estrutural e está cercado por tapumes. No entanto, a universidade reforçou que "pretende instalar uma praça de eventos para abrigar programações de diferentes naturezas" no local. A ideia, porém, é garantir recursos para construir, no futuro, um Centro de Artes, Cultura e Eventos no terreno.

 

O projeto do Acquario foi anunciado em 2009 como o terceiro maior aquário do mundo e o maior da América Latina, mas o espaço é hoje apenas um esqueleto de concreto à beira da praia.

 

As obras, que estavam previstas para serem concluídas em 2011, só começaram oficialmente em 2012. A construção foi paralisada diversas vezes ao longo dos anos em uma série de disputas judiciais, e parou de vez em 2017, tendo custado pelo menos R$ 112 milhões aos cofres públicos.

 

Desde então, o governo do Ceará vinha buscando parceiros na iniciativa privada interessados em concluir as obras e administrar o complexo. Em 2018, o governo chegou a anunciar uma parceria com a empresa M. Dias Branco para concluir o Acquario, mas o grupo empresarial abandonou a ideia em 2019.

 

(Fonte - G1 Ceará)

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